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Por que os Produtos Digitais Irão Revolucionar o Comércio

O comércio de bens digitais está crescendo duas vezes mais rápido que o comércio de bens físicos e acelerando. Em breve dominará o comércio global, impulsionado por tecnologias exponenciais e mudanças sísmicas no comportamento do consumidor. Já é um gigantesco mercado de US$ 950 bilhões, e oportunidades ainda maiores estão surgindo. Prepare-se para a próxima revolução do comércio.

Foi nos últimos dias de 2018, quando a Suprema Corte americana começou a ouvir argumentos orais em uma ação judicial contra a Apple. O processo, conhecido como Apple Inc. vs Pepper, havia sido apresentado por um grupo de usuários do iPhone liderado por um homem chamado Robert Pepper e sua alegação era direta: a Apple App Store é um monopólio e não está apenas violando as leis antitruste como, ainda mais importante, está tornando mais difícil e mais caro para os consumidores comprarem produtos digitais.

Esse litígio foi realmente incomum e a Corte não teve jurisprudência para julgar o caso, então ele ainda está pendente. Mas este evento é surpreendente não por sua singularidade, mas porque é um símbolo de uma dramática mudança de tempos: os bens digitais estão se tornando cada vez mais importantes e os consumidores, mais do que nunca, querem ter acesso, conveniência e liberdade de escolha para comprá-los. E estão dispostos a lutar por isso.

Bens digitais são produtos e serviços que são completamente disponibilizados usando a tecnologia da informação. Em outras palavras, eles não envolvem uma troca de coisas físicas. Alguns exemplos ilustrativos de bens digitais incluem:

  • mídia como filmes, música e publicações entregues como arquivos digitais ou serviços de streaming;
  • jogos entregues sem uma mídia física;
  • bens virtuais, como avatares e ferramentas vendidos em um jogo;
  • arte, fotografias e desenhos gráficos vendidos em formato digital;
  • software, como aplicativos de celular;
  • serviços de educação que ocorrem em um ambiente digital;
  • serviços de comunicações, computação, consultoria, infraestrutura ou dados fornecidos digitalmente.

A lista é longa e cresce todos os dias à medida que a tecnologia digitaliza o mundo ao nosso redor. Este artigo tem como objetivo investigar os impactos da evolução desta indústria, as possíveis conseqüências nos hábitos de consumo e nos negócios, e apontar as surpreendentes oportunidades que estão surgindo.

A Era dos Bens Digitais

Analisando e cruzando informações de uma ampla variedade de fontes, como relatórios de tendência, previsões de mercado, notícias de negócios, anúncios corporativos, pesquisas da indústria, livros e conferências, fica claro que os efeitos da economia de bens digitais já são enormes e se tornarão ainda maiores. O comércio de bens digitais está crescendo dramaticamente – duas vezes mais rápido que o comércio de bens físicos – e acelerando, impulsionado por mudanças sísmicas que estão acontecendo em todo o mundo na forma como compramos as coisas.

À medida que a tecnologia se torna mais acessível e difundida, a importância do comércio de bens digitais só será maior. Isso não só aumentará as vendas de itens virtuais dentro de jogos ou assinaturas de serviços de aplicativos de celular, mas revolucionará todo o ecossistema de comércio. Podemos estar vendo o início de uma nova era, uma era na qual o comércio de produtos digitais ultrapassa o comércio de produtos físicos em valor e importância: a Era dos Bens Digitais.

Para se aprofundar nesse argumento, a próxima série de posts apresentará fatos e números sobre o comércio de bens digitais, explorando as tendências que estão moldando o ecossistema de comércio e mostrando por que os produtos digitais podem revolucioná-lo, demonstrarão alguns dos casos mais bem-sucedidos até agora de comércio de bens digitais no mundo e seus números extraordinários, e apresentarão grandes oportunidades para elevar ainda mais esta indústria, resolvendo os maiores desafios para realizar essa visão de um mundo de bens digitais.

Capa do eBook sobre inovação "A Era dos Bens Digitais - Por Que os Produtos Digitais Irão Revolucionar o Comércio"

Esse artigo foi originalmente publicado no livro “A Era dos Bens Digitais: Por Que os Produtos Digitais Irão Revolucionar o Comércio“. Faça o download gratuitamente.

A disrupção digital do comércio já começou (parte 1/4)

O primeiro post dessa série explorará três grandes tendências que estão moldando o panorama do comércio, mudando profundamente o comportamento do consumidor e forçando uma profunda reorganização da indústria. Essas tendências se sobrepõem e se fortalecem mutuamente e, juntas, delineiam uma mensagem fundamental: o digital está dominando o comércio pedaço por pedaço.

Em primeiro lugar, mostraremos que o digital já conquistou os canais de vendas, com o e-commerce representando agora 50% do crescimento ano a ano das vendas no varejo nos EUA e em expansão. Depois disso, mostraremos como o digital está transformando não apenas o ponto de venda e as técnicas de marketing para promover as vendas, mas todo o processo de compra, movendo todos nós como consumidores de uma experiência centrada no digital para uma experiência de compra totalmente digital. Por fim, mostraremos que a próxima disrupção pode ocorrer no último bastião do comércio tradicional: a digitalização das próprias mercadorias.

Quanto mais penetramos e mergulhamos em um mundo digital, mais os bens digitais estão se tornando o próximo campo de batalha do comércio!

Caçadores de Ondas Gigantes (parte 2/4)

O segundo post da série, por sua vez, ilustrará alguns cases de negócios de empresas que estão explorando o comércio de bens digitais com um sucesso impressionante. Ele vai se concentrar em uma das áreas mais importantes desta indústria nascente, onde estão concentrados os principais players e os maiores números: o negócio de distribuição de bens digitais.

Considerando apenas o valor de apps de consumo, apps corporativos e tecnologias de IoT orientadas a aplicativos, a Economia de bens digitais já é um gigantesco mercado de US$ 950 bilhões. Em um ano em que as falências no varejo mostraram uma alta histórica nos EUA, é importante observar que algumas das empresas mais valiosas do mundo já estão criando negócios bilionários em torno de produtos e serviços digitais com grande potencial de crescimento, muito mais do que suas contrapartes do mundo físico.

Quanto mais construirmos fossos, mais precisaremos de pontes (parte 3/4)

O terceiro post da série irá destacar novas oportunidades para levar a Era dos Bens Digitais ainda mais longe. O objetivo é apontar alguns possíveis caminhos para superar os maiores desafios para a evolução da indústria de bens digitais.

Como mostra a história da ação judicial Apple Inc. versus Pepper, o mercado hoje está fortemente concentrado em apenas alguns players, especialmente em relação à distribuição. Além disso, há uma tendência consistente de convergência de modelos de negócios no setor, cada uma das grandes empresas de tecnologia tentando criar sua própria plataforma de ponta a ponta para produzir, distribuir e vender conteúdo e serviços digitais, de forma que quanto mais essas plataformas se expandem, mais o mercado se concentra.

Essa situação pode nos impedir de ter mais acesso a produtos e serviços digitais. Se pudermos encontrar maneiras de aumentar a acessibilidade, a descoberta e a conveniência da compra de produtos digitais, atenderemos aos desejos dos consumidores e, possivelmente, abriremos grandes oportunidades de negócios.

Um novo sistema econômico para comercializar produtos e serviços digitais, descentralizado e totalmente integrado, poderia ser o caminho para a indústria de bens digitais atingir seu pleno potencial.

Um Mundo Digital é um Mundo de Produtos Digitais (parte 4/4)

O último post da série tentará resumir todos os argumentos apresentados nos capítulos anteriores e destacar os aspectos mais importantes desta tese. A Era dos Bens Digitais está chegando rapidamente. Acompanhe os próximos posts e veja por que os produtos digitais irão revolucionar o comércio.